11 de abr. de 2009

Crítica - Dragon Ball Evolution

Por Paulo Gomes Netto
nettogomes@hotmail.com

Vou confessar que não sou fã assíduo do anime Dragon Ball, mas assistia alguns episódios, e gostava bastante. Dos mangás então, nem cheguei perto. Pois agora os personagens criados por Akira Toriyama migraram pro cinema em uma produção que surgiu do nada, foi ganhando força no oriente e de certa forma apagada no ocidente. Pois é, os produtores optaram por intensificar a divulgação do filme na terra onde o mangá nasceu, o que talvez possa ter sido um erro. O fato é que “Dragonball: Evolution” é um filme tipicamente americanizado. Começa da fase High School de Goku, que poderia ser qualquer filme no estilo “escolhido tenta viver uma vida normal e acaba sendo o ‘loser’ do colégio até que chega a hora de conhecer seu destino”. E sim, a sessão da tarde já passou muitos desses filmes!

Na trama, o jovem Goku (Justin Chatwin) é treinado nas artes marciais por seu avô e freqüenta o colégio onde sonha com a bela Chi Chi (Jamie Chung), até que Piccolo (James Masters) retorna de sua prisão, onde permanecera há dois mil anos, para encontrar as sete esferas do dragão e dominar o mundo. É quando Goku encontra Bulma (Emmy Rossum) e juntos vão atrás das esferas antes que Piccolo encontre-as primeiro. Eles contam ainda com a ajuda do mestre Kame (Chow Yun-Fat) e Yamcha (Park Joon). Mas Piccolo também tem a ajuda da bela e fatal Mai (Eriko Tamura). O roteiro é do novato Ben Ramsey, a direção de James Wong (de “Premonição”) e a produção é de Stephen Chow, o diretor dos ótimos “Shaolin Soccer” e “Kung-Fusão”.

A história é simples e um tanto quanto previsível, com alguns clichês irritantes (como dizer uma frase de efeito no último suspiro antes de morrer nos braços de alguém querido). A atual moda hollywoodiana de se fazer filmes realistas também se mostra presente. Detalhes de cenário mostram que tudo se passa num futuro não muito distante, talvez para tentar explicar a tecnologia avançada que aparece no filme (um cartaz no quarto do protagonista mostra um time de futebol, campeão de 2010, se não me engano). A verdade é que nenhum personagem consegue se desenvolver na história. O pouco que Goku desenvolve acaba passando despercebido durante uma trama corrida. Aliás, alguns personagens são muito mal aproveitados no longa, colocados apenas para fazer referência ao material original. A capanga de Piccolo, Mai, tem tantas falas quanto Rodrigo Santoro no filme “As Panteras: Detonando”. Além disso, os efeitos especiais não são lá uma maravilha. O dragão conjurado pelas esferas tem um estranho brilho intenso e continuo, que parece querer disfarçar que o monstro não foi assim tão bem feito. Mas a produção funciona bem como filme-família. Tem algumas tiradas engraçadas e a essência do anime está lá.

Quando eu digo a essência, quero dizer bem de leve. “Dragonball” pode funcionar para quem não conhece o material original, mas para os fãs não deve ser nada bom. Isso porque muitas das características que definem os personagens se perdem no filme. O “assanhamento” do mestre Kame aparece levemente e a inocência de Goku e o forte desejo de Bulma em arrumar namorado se quer são mostrados. Mas a roupa azul-alaranjada do protagonista, as caras e bocas do mestre Kame, a moto e o radar de esferas de Bulma, o kamehameha e a cor verde do Piccolo, estão todos presentes.

Mais uma vez (assim como disse na crítica de Street Fighter: A lenda de Chun-Li - Faça o download do filme) não é a adaptação ideal do Dragon Ball original, mas é um filme que funciona de certa forma, diverte e traz as referências que fãs tanto gostam de ver (mesmo ainda estando longe do ideal!).

5 comentários:

Diego disse...

Ótima crítica Neto! Parabéns! O filme infelizmente me desapontou, está me lembrando mais Smallville do que Dragon Ball, porém só vi a versão disponível aqui neste site, que não está em boa qualidade, quem sabe no cinema ou em uma versão DvdRIP fique melhor, e realmente as caracteríticas de muitos personagens passaram despercebidas no filme, fui apenas passando algumas partes para ver os personagens e estão pouco reconhecíveis. Parabéns pela sua crítica, um grande abraço.

Badninja disse...

Eh sua critica ate foi bem suave em ralação a essa ofensa que fizeram a um dos melhores animes do mundo. Eu esperava ver voos igual ao do homem de ferro que matou a pau, e lutas do tipo, Neo contra Smith no Matrix Revolutions(3), mas que nada, um filme sem graça, parecendo uma versao com serias restrições orçamentárias. Espero que em breve façam uma versão a altura da Verdadeira Saga de Goku. Tipo Batman, depois de tantas versões que deixaram a desejar, acertaram em cheio no batman begins e no Dark Knight. Acho que ficaram com medo de investir no Dragon ball.
um Abraço!

caio_d20 disse...

estraguei minha infância assistindo à esse filme

Junior disse...

olha esse filme e uma bosta misturado com merda
Dragon Ball e um desenho q todos gostam ate mesmo mulheres , que desenho do genero nao agradava.Minha infacia foi Dragon Ball e um filme estraga desse jeito.
Espero que tomem vergonha e façam um filme melhor!

Priscila ylonen disse...

Essen filme é uma vergonha!!! quando assisti nem consegui ve-lo até o fim...MUITO RUIM!!!CREDO!!!!
Dragon Ball é um clássico, e merecia uma super produção fiel ao desenho, e olha a droga que fizeram!!! Esses americanos me pagam!!!!!

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